Ex-presidente não conseguiria citar uma passagem bíblica de memória mesmo se sua vida dependesse disso

O ex-presidente dos EUA Donald Trump durante participação em evento evangélico conservador em Washington - Drew Angerer - 24.jun.23/Getty Images via AFP



O jornalista Tim Alberta é um dos mais respeitados repórteres políticos americanos. Ele se destaca da maioria dos colegas por se revelar um cristão devoto. Alberta cresceu dentro de uma igreja evangélica presbiteriana fundada no estado de Michigan por seu pai, um pastor que só se converteu ao cristianismo depois de anos de sucesso no mercado financeiro de Nova York.

"Cresceu" aqui não é modo de falar —ele brincava na igreja onde sua mãe era funcionária, ajudava na limpeza e até trazia potenciais namoradas para ouvir os sermões eloquentes do pai.

Em 2019, o reverendo Richard Alberta teve morte súbita quando o jornalista estava em turnê promocional de um livro sobre a degradação do Partido Republicano sob a Presidência de Donald Trump. Tim voltou para Michigan a tempo de participar do velório. Mas membros da igreja, alguns que o conheciam desde menino, não ofereceram condolências. Acusaram o repórter de ser um traidor, num bate-boca político a metros do caixão aberto do reverendo. A hostilidade continuou depois do funeral, e um membro idoso da igreja escreveu a Tim dizendo que ele só teria salvação se passasse a defender Trump.

Fonte:FSP-

Lúcia Guimarães

É jornalista e vive em Nova York desde 1985. Foi correspondente da TV Globo, da TV Cultura e do canal GNT, além de colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.