Caso evidencia como o poder privado se une ao político para fugir das responsabilidades
Uma das principais lições do caso da Braskem é a fragilidade do sistema de responsabilização a atores públicos e privados em situações de violações massivas ambientais, apesar das existentes regras e órgãos voltados a avaliar riscos socioambientais. Aprovar o marco legal vinculante de empresas e direitos humanos é urgente para que empresas como a Braskem não preencham o abismo que abrem no solo com groselhas autodeclaradas sustentáveis; fortalecer a resiliência de órgãos de controle municipais e estaduais à pressão privada é igualmente importante.
A prefeitura chegou a saber do risco desde setembro, noticiou o jornal O Globo com base em documentos sigilosos. O caso da Braskem evidencia como o poder privado se une ao poder político para, a despeito de regras e análises de risco, fugir da responsabilidade efetiva. O escândalo representa o suco do que chamamos de Brasil: o patrimonialismo privado regado a petroquímicos dentro e fora do Estado e, até ontem, a pouca visibilidade da dor de milhares de famílias em Maceió.
Fonte:FSP
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