Fonte:Blog do Magno-Por Magno Martins

Tadeu Alencar.O que resta é aguardar. Se fica, ou vai.


Dificilmente o PSB vai conseguir manter o ex-deputado pernambucano Tadeu Alencar na Secretaria Nacional de Segurança Pública, função que ocupa desde a posse do ministro Flávio Dino, escolhido por Lula e aprovado pelo Senado para o Supremo Tribunal Federal. Alencar chegou ao cargo por indicação do núcleo socialista de Pernambuco.

Sua permanência não é esperada nem mesmo pela cúpula do PSB nacional diante do acordo que o presidente Lula fechou com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, de nomear toda sua equipe, sem indicações políticas. Depois de Ricardo Capelli, atual ministro-interino, o primeiro a sair, ontem foi a vez do número três do Ministério, Diego Galdino, secretário-executivo, pedir para sair.

“Lewandowski vai assumir com porteira fechada”, disse, ontem, uma fonte palaciana. Procurado pela Folha, Tadeu Alencar não atendeu a ligação nem tampouco retornou. Desde que foi confirmada a escolha de Lewandowski, Alencar se mantém isolado, num silêncio estratégico. Formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com especialização em Direito Tributário pela UFPE, em parceria com a Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF), Tadeu Alencar é um dos melhores quadros técnicos e políticos do PSB.

Em 1991, tornou-se auditor do Tribunal de Contas do Estado, permanecendo até 1993, e presidiu a Associação dos Servidores do TCE. Em 1993, aprovado em concurso público de provas e títulos, virou Procurador da Fazenda Nacional, ocupando a chefia do órgão como procurador Regional da Fazenda Nacional da 5ª Região, com atuação no TRF-5, em novembro de 2000. Atuou como procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional entre março de 2003 e maio 2006, em Brasília, durante o primeiro governo Lula.

No ano de 2007, recebeu o convite do eleito governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para integrar seu primeiro Governo, como procurador geral do Estado. Em abril de 2016, votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Já durante o Governo Michel Temer, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em abril de 2017 foi contrário à Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do presidente Michel Temer. Foi eleito Deputado Federal de Pernambuco nas eleições de 2014 e de 2018, exercendo mandato pelo PSB.

Nas eleições de 2022, não conseguiu ser reeleito deputado federal pelo PSB. Mas, ao obter 55.761 votos, ficou como segundo suplente do seu partido, atrás do deputado Gonzaga Patriota.